Lembraste de sonharmos?
... Eu seria eu. Tu serias tu. Tudo igual. Excepto a quantidade de cabelos brancos e rugas. Isso sim, bem diferente. Eu dizia que ficaria, em casa, à tua espera, com um cão género-Pintas-mas-ainda-vivo. E tu, aparecias na "caixinha mágica" a informar qualquer cidadão acerca dos infortúnios e felicidades de todo o mundo. Pivot, quem diria? Eu. Até conseguiste despertar um bichinho televisivo que ainda estava adormecido. Mas então, ao final da noite, depois de desapareceres e tirares a gravata, chegavas: com pipocas Lusomundo e com imensa disposição para voltar a ver o Precious.
Eu pensei que era a felicidade plena. Mas, entretanto, um pouco menos nítida, graças à chegada do Citrino. Mas, ao contrário do que eu poderia pensar, a felicidade plena vai existir: com ou sem pipocas Lusomundo, com ou sem gravata de Pivot e com ou sem cão género-Pintas-mas-ainda-vivo, afinal de contas, tu és feliz. Há alguém que te faz feliz. E eu fico também feliz. Eu sabia, a felicidade plena existe. Já hoje. Não precisamos de esperar pelo amanhã. E quem sabe se o amanhã não contém pipocas, cães e gravatas. E agora mais um elemento: um Citrino. Bem-vindo.