quarta-feira, 30 de junho de 2010

Salvador Dali.

Ele caça as borboletas para fazer girar o mundo. O moinho. Os moinhos. 
Elas, as borboletas, giram para fazer girar o mundo. O moinho. Os moinhos.
O mundo gira. O moinho. Os moinhos.
Maria Violeta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Grito. Eles não marcam. Grito. Dói-me a garganta. Grito. Vamos para casa. Parei de gritar.

M.V.

See you in another life, brother




Nesta madrugada, pelas 1h52, acabei de ver o último episódio da série Lost. Seis temporadas em menos de um mês. É possível? É, pois. Envolvemo-nos nas aventuras, nas correrias, nas paixões,  nas mortes e nas vitórias. Chorei com eles e ri com eles. Foi a melhor. De sempre. 

P.S.: Não, eles não ficaram juntos (post do dia 15 de Junho). Pode ser estranho, mas ela ficou ainda mais bem servida. 
Maria Violeta.

sábado, 26 de junho de 2010

Antes e depois

Desde sempre que acho piada a padrões de animais. Seja zebra, tigre. Gosto. Mas desde o momento em que a população jovem do nosso querido país começou a vestir-se de animais da selva, DA CABEÇA AOS PÉS, esse meu amor passou a ser pessoal. Continuo a gostar, mas já não consigo andar por aí com o que quer que seja que tenha esses padrões. Recuso-me! Depois passo a ser mais uma.
O que é mais engraçado é que uma amiga, que até esta onda animalesca ter chegado, detestava, repito, DETESTAVA estes padrões, passou a gostar. Amiga essa que abominava uma carteira que eu tinha com padrão tigress (isto antes de os animais do Quénia terem chegado a Portugal). Tem piada, não?
Maria Violeta.

Será possível?

Adorava ser um insecto repugnante. Daqueles que nos entram em casa e nem damos por isso. Não muito grande, mas o suficiente para ter um olho e, pelo menos, dois ouvidos. Será possível? Isto, porque adorava entrar em casa de certas personagens das minhas redondezas. Adorava ouvir as suas conversas, saber o que se passa nas suas vidas mínimas e ver daquelas situações que tentam sempre passar despercebidas. 
Será possível? Eu adorava.

Maria Violeta.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Trocas e baldrocas

Quando, em mini-Maria Violeta, me perguntavam o que "queria ser quando fosse mais crescida", eu diria, sem hesitar, Médica Veterinária. Sempre achei montes de piada aos animaizinhos, apesar de me partir a chorar quando via (e ainda quando vejo) BBC Vida Selvagem. A imagem de uma gazela a ser ingerida por um leão, ainda hoje, é incompatível com as minhas glândulas lacrimais. De qualquer forma, a Veterinária era a minha escolha. 
Entretanto, fui crescendo. A Veterinária deixou de preencher o meu coração. A Astronomia, sempre teve um lugar de ouro nesse meu órgão. Sempre fui fascinada pelos planetas, sistemas e tudo o que envolve o aparecimento do Universo. Pensei, então, que tinha encontrado a minha futura ocupação. Mas, mais uma vez, enganei-me. Ao crescer ainda mais, apercebi-me que não era, pelo menos em Portugal, uma profissão com um futuro promissor. Por isso, e sendo eu, ainda hoje, uma jovem que não vive em ilusões, abandonei essa paixão. E, hoje, não me arrependo de ter recusado a Astronomia. Afinal de contas, eu e a Física não temos uma relação muito amigável.
Cresci, cresci. Não só em altura, mas também em decisões. Comecei a sentir uma empatia com a área da Saúde. A Pediatria chamava por mim, pensava eu. Gostava de Medicina, e pensei que a Pediatria seria algo com que eu gostava de me relacionar no futuro. Mas, ao longo do tempo, apercebi-me, amarguradamente, que não tinha como entrar em Medicina. Eu, como tantos outros jovens, tivemos de abandonar os bisturis e o estetoscópio. Sinceramente, hoje, se conseguisse entrar em Medicina, não iria, DE TODO, para Pediatria. Para já, a minha paciência para mini-pessoas é cada vez menor. E gosto de sangue. De cortes. De correria. Claro que podia seguir cirurgia na Pediatria, mas não seria a mesma coisa, penso eu. Hoje, escolheria Traumatologia. Mas, continuando eu a ser uma rapariga que não se dá a ilusões, deixei a Medicina de lado. Não tanto como deixei a Medicina Veterinária ou a Astronomia, mas deixei. Pois, se houvesse oportunidade, não pensaria duas vezes e iria parar à Faculdade de Medicina de Lisboa. 
Continuei a crescer, sem parar. Abandonando tanto para trás, decidi não abandonar a Saúde. Por isso, procurei dentro de mim o que eu realmente queria. Agora, hoje, após tanto tempo de busca e de recusa, decidi entregar-me, futuramente, à Enfermagem. Até aos dias que correm, recusava INCESSANTEMENTE este caminho. Agora, tenho a ideia, e mesmo depois de falar com futuras enfermeiras, que já existem auxiliares e que os enfermeiros são, e serão, indispensáveis para o funcionamento de qualquer unidade médica. Hoje, penso que será o curso mais parecido com o que eu realmente gosto. E como diz a minha querida Sis: "Quem sabe se não virás realmente a gostar?". Eu espero pela minha reacção, no futuro. 

Maria Violeta.

Verano

Aí vem a praia: calor, areia no cabelo, escaldões, mergulhos deliciosos, sandes na toalha, bronzeador, cabelo ainda mais claro, sardas mais notórias, jogos de raquetas e muito Uno! pelo meio! Vem, verão! É HORA!

Maria Violeta.

sábado, 19 de junho de 2010

Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.


José Saramago.
(16.11.1922 - 18.06.2010)

É tarde.

Corre para o comboio. Ele, não ela. Ela apenas assiste à partida. Impávida e serena. Até demais. Ele corre. Continua a correr. Ela, de longe, mas com o coração por perto, lança um grito abafado. É tarde. Ele já entrou. O comboio oscilou e lançou ruídos. É tarde. Ele vai, ela fica. É tarde para arrependimentos e beijos de última hora. É tarde para remediar. Já está tudo como deveria estar, porque: havendo arrependimentos, havendo beijos, ele iria na mesma; aconteceu, o que viria, mais cedo ou mais tarde, a acontecer. Ninguém consegue controlar o destino. É tarde. É tarde.

She has no time, Keane.

Maria Violeta.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Se descubro que eles não ficam juntos, JURO que deixo de ver Lost

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como é possível não suspirar?!


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Despedida? Não! Até já.



Ontem foi o meu último dia de aulas do secundário. Oficial, digo eu. Tenho dias de apoio às disciplinas a que vou ter exame, mas não me parece que vá aproveitar essas supostas aulas. São cheias de conversetas paralelas, exercícios bonitinhos e professores bem dispostos. Não, obrigada!
Mas, ontem, foi um dia chuvoso. Não só na meteorologia, mas também na minha escola. Todos choravam, abraçavam-se como se o mundo fosse acabar e escreviam dedicatórias em folhas improvisadas ou t-shirts. Cá eu, não me dou a esses arraiais. Para mim, dedicatórias, lágrimas e abraços acompanhados de palavras ternas significam DESPEDIDA. Mas, afinal de contas, não me quero despedir. É um até já, como diz a nossa querida TMN. Escrevi em t-shirts, em cadernos e folhas, e fui abraçada. Mas, não abracei, nem disponibilizei qualquer sítio onde escrevessem frases cheias de afectos e smiles.
Não me quero despedir. Quero voltar a vê-los e a senti-los próximos como todos os dias que estivemos juntos. Não quero mudanças, por isso, para mim, não há despedida.

Maria Violeta.

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida

Sozinho, Caetano Veloso.