sábado, 4 de dezembro de 2010

Pela primeira vez

Pela primeira vez, sem árvore de natal. Até arrisco dizer, que não será Natal. Pela primeira vez, quero passar uns dias à frente. Quero voltar a ser pequena. Pela primeira vez, não cheira a Natal.
Maria Violeta.

sábado, 13 de novembro de 2010

Semana dos irmãos

Tenho uma irmã. Gosto da minha irmã. Nem sempre gosto da minha irmã. Mas, neste momento, gosto da minha irmã. Gosto de ter uma irmã e de ter sido ela a pedir para ter uma irmã. Gostava que fôssemos outra vez pequeninas para gostar da minha irmã como só os pequeninos gostam das irmãs. Mas agora gosto ainda mais da minha irmã. Gosto muito da minha irmã.


P.S.: Toda esta demonstração de amor só aconteceu, visto que vamos entrar na Semana dos Irmãos.
Maria Violeta.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Teach me tonight, Amy Winehouse.

Estudar Fundamentos de Enfermagem I ao som desta música é do melhor que há a seguir a comer algodão doce e lambuzar os dedos.
Maria Violeta

sábado, 30 de outubro de 2010

Laringe e a história da sua vida

Era uma vez um sistema músculo-cartilagíneo e neuromuscular com funções complexas que envolvem a protecção das vias aéreas inferiores (através de reflexos como a tosse e o laringoespasmo), a respiração, a deglutição e a comunicação oral (fonação e ressonância). Este sistema que está inserido na região Supraclavicular tem um osso - osso hióide -, vários músculos - como os crico-aritnoideus ou o esterno-tiroideu -, cartilagens - como a cartilagem tiroideia ou a cartilagem cricoideia - e ligamentos - como as pregas vocais e as pregas vestibulares. BLÁ BLÁ BLÁ! Tinha muito, mas muito, mais para contar. Mas tempo para tal não tenho. O interesse é crescente à medida que aprofundo este assunto. Gosto dos livros da voz. Dos mecanismos da voz que estão relacionados com a laringe. Gosto que a C. me encha a cama de livros sobre esta temática. Mas agora penso: quando eu andava na escola primária ou no básico, ouvi falar da laringe. MAS ERA APENAS 'AQUILO QUE ESTÁ ACIMA DA TRAQUEIA E POR ONDE PASSA O AR'. Nada mais! Era aquilo que 'ESTÁ AO LADO DA FARINGE E DO ESÓFAGO'. Mas porquê que, no básico, não me encheram a cabeça com estes nomes? Assim, hoje, escusava de enfiar tudo com um martelo. Já sabia qualquer coisinha. Vendo bem, a vida era tão mais bela...
Maria Violeta

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Um dia hás-de cumprir tudo o que prometeste: todos os locais e os momentos e o tempo e os beijos e a vida. Um dia serás como sempre quiseste ser. Um dia dirás tudo o que deixaste por dizer. O que dizes não será só o que dizes, mas será o que fazes. E eu continuarei a ser tua, como sempre disseste."
Maria V.

sábado, 23 de outubro de 2010

Qual a palavra que caracteriza o Jantar do Caloiro 2010 da ESEL?

A mítica palavra ESELiana: GÓÓÓÓÓÓSTOOOOOO!
Maria Violeta

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Brevemente

Preciso, CLARAMENTE, de recorrer à Psiquiatria. Até a senhora da secretaria da ESEL concordou. Se isto não passa, cometo uma loucura. Juro. E algo me diz que está para breve. Muito breve.
Maria Violeta

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ALLEZ ENFERMAGEM, ALLEZ ENFERMEIROS! QUANDO CHEGAMOS SOMOS SEMPRE OS PRIMEIROS! TENHAM CUIDADO, ELA É PERIGOSA! ELA É A PROFISSÃO MAIS GLORIOSA!

Gosto de me preparar. Gosto de me pôr bonita e andar no metro como se estivesse atrasada. Não consigo andar calmamente no metro, mesmo estando a tempo de chegar ao destino desejado. Está-me no sangue andar rápido no metro. Adoro andar de metro com um caderno lindo na mão. Adoro subir as escadas da estação e ver, do lado esquerdo, a mítica Cidade Universitária. Tanta gente jovem com sede de aprender (ou não!). Adoro subir as escadas da estação e ver, em frente, o hospital Santa Maria. E mesmo ao seu lado direito, a linda escola que me acolheu. Já me sinto parte das paredes, dos tectos, das mesas e até das senhoras do bar. Já me sinto da casa. Já me sinto da família ESELiana. Já me sinto feliz, muito feliz. Gosto de entrar nos portões como se tudo aquilo fosse meu. Como se aquela casa sempre me pertencesse. A ligação com os outros estudantes é inacreditável e o espírito de união que envolve a Enfermagem está permanentemente presente. Permanentemente presente. 
Maria Violeta

É das melhores fases, sem dúvida. É das melhores fases, sem dúvida. É das melhores fases, sem dúvida.

Definitivamente, sinto-me muito realizada. Sinto-me mesmo feliz pelo que já consegui alcançar. Estou, neste momento, a viver algo novo e que eu tanto ansiava. É das melhores fases, sem dúvida. 
Marie Violet

sábado, 16 de outubro de 2010

Se o arrependimento matasse...

... eu estaria morta, enterrada, queimada, crucificada, espancada, and so on.
Já posso ser presa. Já posso votar no BE. Já posso beber (legalmente. cof, cof, cof.). 
M.Violeta

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DURA PRAXIS, SED PRAXIS!

Semanas, dias, horas, minutos, segundos. Cada partícula do tempo foi vivida com a máxima intensidade. Por centésimos de segundo, o cansaço físico apoderava-se do meu corpo, mas o segundo seguinte compensava cada nódoa negra dos meus joelhos. Cada momento seguinte compensava todas as granadas e os trinta minutos de cócoras. Cada sorriso, cada riso e cada gesto de união compensavam todos os gritos. Passei a gostar mais de aquele, passei a gostar menos do outro, mas vivi todo o espírito e tudo o que havia para viver! As serenatas de fazer brilhar os olhos. O orgulho das vitórias de cada um. Os abraços no Rossio. O peditório na Baixa-Chiado com direito a cantar o "Menina, estás à janela". Os parabéns, já és caloira! dos padrinhos e madrinhas (alunos de segundo ano). Os mergulhos e granadas numa fonte da Praça da Figueira. O ritual de passagem terminou e sou OFICIALMENTE caloira da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Mais, MUITO MAIS, aí vem. Eu, ainda hoje, estou em êxtase. QUERO MAIS! 
Maria Violeta

Bom, bom, bom!



Ainda agora aqui cheguei
Mil enfermeiros eu já mirei
É tão difícil ter de escolher
Qual o melhor para comer

Vi um enfermeiro que não posso acreditar
BOM, BOM, BOM
Rabinho perfeito, trajadinho até babar
BOM, BOM, BOM

Testei uns quantos de uma só vez
Mas nenhum deles me satisfez
Ainda assim, não vou parar
Pois o melhor quero encontrar

Vi um enfermeiro que não posso acreditar
BOM, BOM, BOM
Rabinho perfeito, trajadinho até babar
BOM, BOM, BOM

Ao fim de uns tantos, lá decidi
Na enfermaria me diverti
Com a seringa e a espingarda
Foi forte e feio até a alvorada

Vi um enfermeiro que não posso acreditar
BOM, BOM, BOM
Rabinho perfeito, trajadinho até babar
BOM, BOM, BOM


(música: Quinta do Bill, Voa (voa))

Esta música cantada na Baixa-Chiado, enquanto andamos de pijama a pedir dinheiro, tem outro poder! 
Maria Violeta

Banksy faz novo genérico para 'Os Simpsons'

Maria Violeta

sábado, 9 de outubro de 2010

Congrats


Vá, diga-se que já começo a ter algum orgulho. Vá.
M.V.

Ironia, ADEUS!

Sou muito irónica. Gosto de lançar as coisas para o ar, sem nunca pensar que vão mesmo cair. Nunca penso que possa acontecer as coisas menos sérias que digo. Brinco sempre. Até ontem. Agora, acabou-se a ironia! Até porque ficar sem conseguir falar durante uns dez minutos, não é agradável. 
Maria Violeta
P.S.: À parte a ironia, estou muito feliz por tudo.

Tanto, muito, imenso

Com tanta granada em poças de água. Com tanta cenoura partilhada, de boca em boca, ao almoço. Com tanto ovo nas calças. Bem, com tudo isto, também há MUITO cansaço. Mas o prazer com que tenho, todos os dias, entrado no auditório para as aulas também tem sido imenso. 
Maria Violeta

domingo, 3 de outubro de 2010

Vá lá!

Perdidos: A Colecção Completa
Disponível em DVD a 5 de Novembro

O meu aniversário é no dia 16 de Outubro, mas não fico triste, DE TODO, se receber um mês mais tarde um presente tão especial como este.
Maria V.

sábado, 2 de outubro de 2010

Medo, muito, muito medo

A Comissão de Praxe da ESEL enviou-me um e-mail. Tudo muito bem. Chamaram-me verme (já estava habituada a ser "bicho"). Tudo muito bem. Até ler: "É preciso levar 1/2 dúzia de ovos, 1kg de farinha e uma muda de roupa.". Medo, muito, muito medo. Não é que tenha saído limpinha de Santarém, mas nunca levei com ovos ou farinha. Medo, muito, muito medo. Bem, pensando bem, basta juntar chocolate em pó e leite, pegar numa batedeira e fazer um bolo em cima de mim. Só não prometo é estar quente o suficiente para o fazer crescer. Eu até diria que vou passar frio. Não sei porquê, mas acho que vou mesmo passar frio. Medo, muito, muito medo. 
Maria Violeta

P.S.: Encontrei-me com a minha tia D. numa festa. Amorosa como não há igual! Tia eterna.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Já saio na estação de metro Cidade Universitária

Hoje, ao andar de metro, apercebi-me que já estava crescida. Não só de altura, mas também de idade. Afinal de contas, entrei este ano lectivo para a universidade. E, daqui a nada, ESPERO EU, já estarei a trabalhar. Mas este choque só aconteceu quando saí na estação de metro Cidade Universitária e apercebi-me que já estava crescida o suficiente para sair naquela estação. E será a minha estação durante quatro anos. Fiquei feliz. E mais ainda, quando passei, a pé, à frente do Hospital Santa Maria. Enorme, como se quer um hospital. E quem sabe se não passo, futuramente, da universidade vizinha para dentro dos corredores do hospital. Quem sabe?! Estou crescida e orgulho-me do meu percurso. Com grandes altitudes e baixas altitudes, mas sempre com final feliz.
Maria Violeta

Se quiserem pôr flores na campa, não ponham gerberas

Analgésicos e anti-inflamatórios são os meus melhores amigos no presente dia. Dores no corpo, desequilíbrio, uma amigdalite e dores enormes de cabeça. Grande dia, hein?!
Da que se sente a desfalecer,
Maria Violeta.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma viagem no meio de tantas outras futuras

Parece que é desta que fico em Lisboa. Já não há cá "ah e tal, vais passar uma semana e alguns dias a outra cidade para criares laços e depois voltares para aqui tristíssima". Não isso já não fazem. Pelo menos, a mim. Inscrita na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, não deixo de ser aluna do coração da Escola Superior de Saúde de Santarém. Nunca, jamais em tempo algum.

Ontem, ao regressar, melancolicamente, a Lisboa, decidi que iria, brevemente, a Santarém. Despedidas ainda não tinham sido feitas. Por isso, hoje, deu-me na telha e resolvi ir de comboio até à cidade que me acolheu. Assisti ao baptismo, assisti a choros, assisti a ameaças de anti-praxe por parte de colegas, assisti a risadas, e, acima de tudo, assisti a grandes manifestações de carinho por parte de colegas e superiores (veteranos, vá) para comigo. A minha madrinha, um amor foi. A minha tia já quer estar comigo neste fim-de-semana. E não houve um superior que não fosse falar comigo, dar ar de sua graça e desejar a tão esperada boa sorte. No meio disto tudo, o superior M.P. veio ter comigo INÚMERAS vezes para me perguntar se não queria levar com um ovo. E prometeu visitar-me em Lisboa. Fortes ligações e histórias para recordar. Os beijinhos finais das colegas foram muito especiais. Apesar de cheirarem a tudo menos a rosas do campo, foram as mais queridas comigo. Um obrigada especial à L.D.. Esta viagem (ligeiramente atribulada) a Santarém vai realizar-se sempre que eu possa. Se não conseguir ir entretanto, em Novembro estarei no centro da cidade a ver-vos desfilar e a orgulhar a linda Enfermagem. Um obrigada imenso. Enorme.
Da que já sente saudades dos gritos dos superiores,
Maria Violeta.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eternamente

Tirar os lençóis. Passar a roupa das gavetas para as malas. Tirar a escova de dentes do lavatório. Buscar a comida ao frigorífico. Vazio. Um quarto vazio, mas que me fez feliz durante a minha estadia em Santarém. Esta cidade acolheu-me. Esta cidade chorou comigo, riu comigo. Esta cidade deu-me o privilégio de conhecer pessoas especiais e de quem - digo sem medo - vou ter muitas saudades. Lisboa é a do coração, mas Santarém será, durante muito tempo, a do pensamento. Porque momentos, pessoas e aprendizagens não se esquecem. Foi uma passagem, mas com tudo a que as passagens têm direito. Fiz o que devia fazer e fiz o que não devia fazer. Fiz tudo o que me passou pelos neurónios. Fui muito feliz nesta terra e, sinceramente, vou ter um aperto no coração, pois gostava de poder vê-la todos os dias. Um obrigada do coração às colegas lindas que choraram comigo. Um obrigada do coração à minha madrinha amorosa, que me abraçou logo assim que soube. Obrigada do coração às restantes superioras (principalmente à minha tia), pois os abraços sabem mais que bem. Obrigada a todos aqueles que fizeram com que esta experiência fosse, DE LONGE, das melhores da minha vida! Voltarei, assim que possa. Tenho muitos embelemas para oferecer, entretanto. Um dia, apareçam por Lisboa e prometo que ficam tão apaixonados pela minha cidade como eu fiquei pela vossa. Foi a melhor das viagens.
Daquela que é eternamente escalabitana e da ESSS,
Maria Violeta.

Palavras para quê?!

Maria Violeta

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Stuck in reverse

When you get what you want, but not what you need

Em menos de vinte cinco mil e duzentos segundos, eu saberei a minha morada dos próximos quatro anos de licenciatura.
Maria Violeta

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mais tarde, mas com mais amor

Hoje, ao telefone com as minhas pessoas, apercebo-me que me esqueci de algo tão importante. Para mim, foi um erro crasso. Nem sei como foi acontecer. Aliás, sei. A mudança de cidade, sozinha. Mas não é desculpa. Nada disto é desculpa para não ter dado, aqui, neste meu baú de cartas, os parabéns à pessoa que me alimentou por um cordão umbilical. No dia da minha mudança, 19 de Setembro, essa pessoa que me é tanto completou mais uma data. Cresceu, mas ficou mais bonita. Aos meus olhos, ficará sempre mais bonita. Apoia-me, incondicionalmente, e, apesar de ser a maior galinha, é a melhor mãe. Não me via sem ela, nem sem os seus telefonemas controladores. Não me via sem a sua vontade de eu estar ao lado dela, neste momento. Preciso mais dela do que de mim. Preciso que ela continue a completar aniversários e que eu esteja ao lado dela, a assistir a mais vitórias e sucessos. Preciso da sua força. Preciso dela, seja em Santarém ou Lisboa. Já não preciso do cordão umbilical, é verdade. Mas continuo a precisar das caixas com comidinha que sabe a comida da mãe. Preciso dos mimos. Preciso dela, incondicionalmente. Faça chuva, faça sol, faça vento, faça granizo ou faça trovões. Obrigada por existires e desculpa por não te ter enviado a carta na data certa. És a mais. 
Daquela que te ama com todas as suas forças,
Maria Violeta.

Biofísica e assuntos do coração

Sejam Leis de Newton. O primeiro de dia não foi mau. Eu diria bastante bom. 
Ainda espero por notícias. O que tiver de vir, que venha. Mas o que quer que seja, VENHA! Já vou tendo mini-ataques de pânico. Vá lá, de uma vez por todas. Estou farta de não saber qual vai ser a minha morada. Algo fixo, se faz favor.
Da sempre vossa, esteja onde estiver,
Maria Violeta


domingo, 26 de setembro de 2010

O-b-r-i-g-a-d-a

Obrigada a todos. Pelas palavras de apoio. Por irem acompanhando o meu sofrimento. Um obrigada do coração. Obrigada pelo calor.
Maria Violeta

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Madrinha

Na semana de praxes, nós, os bichos, temos de escolher um superior (vá, lisboetas, veterano) para ser nosso padrinho ou madrinha. Tem de ser o superior ou superiora com que nos identifiquemos mais. Tem de ser aquele superior com que tenhamos uma ligação, mesmo eles estando a praxar-nos. O convite é feito, sendo que cada padrinho ou madrinha só pode ter dois afilhados. E assim, eu escolhi a minha madrinha. Digo, sem medo, que foi a melhor escolha. Grita comigo de dia, mas também me protege. À noite, quando jantei em casa dela, graças ao leilão, mostra-me o quarto e conta-me histórias sobre ela. Tem imensos apontamentos e é super divertida. Já está no segundo ano de Enfermagem e tem pouco mais de um ano que eu. É a coisa mais querida de sempre! Mas não tenho só uma madrinha, não. Também tenho uma tia que é um doce: é afilhada da mesma madrinha que a minha madrinha. Ou seja, a madrinha delas é a mesma e é a minha avó. Como elas são as duas afilhadas da mesma superiora, são primas. O que faz com que a prima da minha madrinha seja minha tia. Complicado? Mas também tenho um bisavô. Um quase-enfermeiro
No tribunal de praxe - nós, os bichos, somos levados para uma sala escura, apenas iluminada com velas, onde se encontram todos os superiores - somos julgados pelos crimes cometidos durante a semana de praxes. Seja, ter ficado de ressaca no dia seguinte ao rally tascas ou ter tentado seduzir um superior ou superiora, por exemplo. Estamos todos dentro da sala, de costas para o centro, e somos chamados um a um. Uma superiora faz a acusação e depois os superiores decidem qual o julgamento para o bicho. Entre eles, é rebolar no meio de lixo ou beber um cocktail especial. E eu, GRAÇAS A QUALQUER COISA, não fui chamada. Aliás, poucos foram chamados. Mas só para se perceber quão amável e protectora a minha madrinha é: ela disse-me ontem que, se eu fosse chamada hoje ao tribunal de praxe, ela iria comigo e também sofria o castigo. Então, tenho a melhor madrinha de sempre, não?

Madrinha, é uma palavra um pouco diferente ultimamente. A minha madrinha de baptismo já não sabe nada de mim. Mas diga-se que a minha madrinha da faculdade é a melhor madrinha. Até arrisco dizer que substitui qualquer outra. Mesmo aquela que me segurou, no dia do baptizado, para o padre me molhar a cabecinha. 
Maria Violeta

Serei normal?

Sou uma coisa estranha. Não tenho dúvidas de isso! Num dia, acordo com vontade de ter acordado na minha cidade natal. À noite e no dia seguinte, já fico feliz por ter acordado nesta cidade que me acolheu. Será isto normal? 
Cheguei ao final da semana de praxes. Tanta coisa nova. Tanta coisa aconteceu. Colegas fenomenais, laços já tão grandes. Superiores (veteranos para a malta de Lisboa) que de dia me gritam, mas também riem, e que de noite dançam comigo, partilham e até me dão o número de telemóvel. Uma semana em que fomos leiloados e eu fui comprada por oito euros e quinze cêntimos pela minha madrinha do coração (o que fez com que eu fosse jantar a casa dela). Uma semana com um rally tascas para esquecer (obrigada pelo açúcar e bolachas, madrinha). Uma semana com muita risada com os superiores, enquanto eles, mesmo estando a rir-se, nos diziam "não ria, bicho!". Uma semana que foi sendo cada vez mais divertida e menos dolorosa. Uma semana em que tive de ir com umas orelhas da Minnie e um superior disse "cada vez que eu gritar MINNIE, você canta: a mulher do Mickey a mim não me convém, NÃO ME CONVÉM! Eu não quero andar na rua com a rata de ninguém!" - ou seja, passei o dia a cantar a música. Uma semana com mais altos do que baixos. Uma semana com os pais na telepizza. Resumindo: foi das melhores semanas de sempre! Quem diga que não gostou das praxes, eu não entendo. EU DIVERTI-ME MAIS DO QUE NUNCA! 
Maria Violeta

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sexta-feira, onde andas?

Cheguei ontem a Santarém. Sem vontade de dizer adeus às minhas pessoas preferidas, tinha o coração apertado e não sabia o que me esperava. Eles despediram-se e eu aqui fiquei. Com algumas paredes e uma televisão pequena. Tranquila, dentro da normal tranquilidade. Com alguma angústia, mas controlada. 
Hoje, eu resumia o presente dia da seguinte forma: gritos aos ouvidos, olhar para o chão, "excelentíssimo(a) senhor(a) superior(a) [nome do superior]", flexões de braços e de pernas, asneiras, músicas com carácter sexual, reconhecer os superiores pelos sapatos, iogurte no cabelo e no restante corpo, aula fantasma, colegas que gostam de incriminar todos com as suas PARVOÍCES, humilhação e insignificância. Por vezes, os superiores divertem-se connosco, acabando por mostrar que afinal são como nós. Mas a maioria das vezes, eles são implacáveis! 
Conclusão do dia: diga-se que conheço melhor o chão da escola do que propriamente as paredes e o tecto. 

Agora chego a casa. Casa sem ninguém. Eu desabo. Dói-me o coração. Gostava de chegar a casa e contar todas as novidades às minhas pessoas. Gostava de saber que ia vê-los e senti-los. Gostava de deixar de pensar que as saudades que tenho das minha pessoas são superiores a tudo isto! E gostava de deixar de pensar "será que eu quero isto assim tanto para estar longe de casa?". Passa tudo pela minha cabeça. Até a compra de um bilhete de ida, SEM VOLTA, para Lisboa. Já esteve mais longe. Espero que isto passe. Dizem que só custa o primeiro mês. Pronto, só falta 29 dias.
Aquela que cada vez tem menos esperança,
Maria Violeta.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quem quer casar com a Carochinha?

Oscar De La Renta:



Marchesa:






Não preciso só de noivo, não. Também preciso de uma madrinha. Madrinha essa que tenha uma conta bancária a transbordar de tanto papel verde. Futura madrinha, não me contento com Penhalta. Obrigada.



Maria Violeta

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As coordenadas são diferentes das esperadas

Abri o e-mail com toda a fé que tinha estado ausente desde o início do processo de candidatura. Fé que eu nem sabia ser existente. Fé de uma imensidão que chegava a fazer-me acreditar piamente. Fé essa que desapareceu tão rapidamente como veio. Ao abrir, ela desapareceu. Percebi que devia ter sido mais positiva e ter acreditado mais, senão as boas vibrações não chegavam. E não chegaram mesmo! As boas vibrações ficaram por outros estudantes. Estudantes que faziam comentários cheios de felicidades nas redes sociais. Eu nem fazer o login fui capaz. Até porque, como tenho dito toda a semana, não tenho nada para dizer. Não tenho nada para contar. 
Quem comece por ler o primeiro parágrafo, pensa que eu consegui nada. Mentira. Consegui, mas não o que eu desejava com todo o meu corpo, com toda a minha alma e com toda a minha vontade. As coordenadas são diferentes das esperadas. Santarém: um pouco mais acima. Onde há touros e touradas (irónico: eu ir parar ao Ribatejo, sítio tão amante de touradas, sendo eu tão anti-touradas). Onde há um McDonald's numa rotunda. Onde há um mini centro comercial. Onde quase não há autocarros. E onde as pessoas, ao darem indicações, dizem-nos para irmos para a esquerda, enquanto o seu braço aponta para a direita. Pois, fui lá parar. No curso que eu queria, mas não na cidade que eu queria. Já me estava a imaginar a andar de metro pela minha linda cidade. E só espero que ela não pense que eu a vou abandonar de vez. Não quero que se sinta traída. Não! Eu gosto mais dela do que qualquer outra! E até prometo regressar com alguma frequência. Nos primeiros tempos, enquanto a segunda oportunidade para vir para a capital ainda está de pé, vejo a minha cidade todos os dias. Mas se mesmo no dia 29 de Setembro a cidade me disser que não me quer, lá terei de regressar apenas aos fins-de-semana. 
Estou feliz, dentro da moderação. Não estou aos pulos. Já chorei muito. Já fiquei sem ar. Mas como disse a alguém "já não choro mais!". E não, não choro mais. Os meus olhos e as minhas pálpebras agradecem. A minha mãe agradece!
Aos amigos que tanto me apoiaram, que tanto me deram a conhecer o lado positivo ("é uma nova experiência, novas pessoas!"), agradeço e peço desculpa não ter sentido, logo de início, felicidade pela vitória deles na capital. Peço desculpa aos telefonemas que não foram correspondidos, mas no momento não me sentia capaz de verbalizar e partlhar a minha dor.  Mas especialmente à C. que tanto sofreu comigo!
Maria Violeta

sábado, 11 de setembro de 2010


Saberei esta noite, à meia-noite.
Maria Violeta

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Logo agora que eu ia receber palmas...

Um pequeno convite. Uma pequena cerimónia. Sem grandes trajes ou penteados. Sem grandes massas. Poucas pessoas. Lá fui. Recebi o diploma de conclusão do secundário. Deveria receber o diploma de mérito, graças ao meu sucesso escolar. Surpresa: ninguém recebe diplomas de mérito, nem aqueles que o mereciam (eu), porque os senhores da escola estiveram de férias e tiveram reuniões até às 21h. Resultado dessa descoberta: professora que sempre sorri, levantou-se e nem sorriu; protestou. O director da escola ficou ofendido e "justificou". Maravilhoso, não?
Maria Violeta

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Foi bom enquanto durou

O verão está a despedir-se. Eu sinto-o. 
Maria Violeta

sábado, 4 de setembro de 2010

Ain't no sunshine, Bill Withers.

Das melhores... de sempre!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eles fazem-no como ninguém!

Halo, Beyonce and Chris Martin.
Em homenagem ao Haiti, Beyonce e o fabuloso Chris Martin dos Coldplay interpretam a canção Halo de uma forma única. Simplesmente, maravilhoso.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Outra ordem

O Segredo é pedir, acreditar e sentir-se como se já possuísse o que pediu. Por esta ordem. Eu peço e até consigo sentir-me e imaginar-me como se já possuísse o que pedi, mas não consigo acreditar. Não tenho fé em nada, não tenho fé em mim. Não sou confiante o suficiente para gritar a meio mundo "eu sei que vou conseguir". Prefiro logo imaginar-me a festejar a vitória, mesmo quando ainda não a consegui. Claro que é mais fácil. Todos nós sonhámos a ser princesas ou cantores de rock, pedimos, imaginámos e até brincámos a isso. Imaginamo-nos com um vestido cor-de-rosa e com uma tiara brilhante. Imaginamo-nos com uma guitarra de rock e fãs a aplaudir-nos. Essa parte é fácil. É brincar ao faz de conta. Mas conseguimos acreditar profundamente que vamos ser princesas ou estrelas de rock? Conseguimos dizer para nós próprios que vamos conseguir ser princesas? E conseguimos dizer que vamos conseguir? Só conseguimos quando não somos providos de total consciência. Eu, que tenho um medo enorme de falhar, tenho medo de acreditar e de gritar ao mundo "eu consigo" e depois não conseguir! Falhar! Não aguento falhas. Não consigo falhar. Não lido bem com a derrota. Sinto que está tudo perdido! Por isso, prefiro seguir a seguinte ordem: pedir, sentir-me como se já possuísse o que pedi e, finalmente, se conseguir, acreditar. Não sou dada a fé. Não sou de acreditar em mim, piamente. Por isso, já pedi. Por isso, já sonhei acordada e a dormir, já brinquei aos crescidos. Mas ainda não acredito totalmente. Acredito um pouco. Um pouco pequeno. 
Maria Violeta

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Já que estamos numa de Disney...


Dumbo, sem dúvida!
Maria Violeta

domingo, 29 de agosto de 2010

Se os adultos sonhassem...

Quando rumei até ao norte de Portugal com os meus pais, em direcção à tão acarinhada aldeia do meu pai, tive um momento a sós com um primo da minha idade. Esse momento ficou pautado por histórias e peripécias que aconteceram entre ele e a sua mais que tudo. Contou-me cada pormenor. Eu diria, todos os pormenores. Foi das conversas mais sinceras, mais cruas, que eu já tive com alguém. E onde não se escondeu nada, nem os mais pequenos defeitos das histórias e das peripécias. No final da conversa, pensei "a minha mãe fica escandalizada por vê-lo a beber cerveja. E se ela sequer sonhasse que ele anda a divertir-se à grande com a namorada?". Pois é.
Maria Violeta

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Agora, com menos cheiro a avó, mas com o mesmo cheiro a casa da avó

Nem tudo está igual. As pessoas não estão iguais. Umas, sim. Outras, muito diferentes. Crescidas ou envelhecidas. Com mais experiência ou mais loucuras. O que importa realmente é que a magia envolta permanece. Sem metamorfose. Igual. A vontade de liberdade e o carinho continuam. Mas falta uma peça. Importante. A mais importante, diria eu. Falta a avó. Mas a casa da avó continua a ser a casa da avó. Agora, com menos cheiro a avó, mas com o mesmo cheiro a casa da avó. Com a mesma lareira que eu utilizava para brincar com as minhas loiças e com todas as ervas que encontrava. Com as paredes forradas com papel de parede velho, mas doce. Com o mesmo banco de pedra que nos recebia tão bem, no exterior. Com as recordações de uma casa farta, em tempos. Com as recordações dos caldinhos que a avó fazia para os filhos e netos. Mas a porta fecha-se e logo se percebe que ficarão apenas como recordações. Já nada pode ser vivido. Agora resta viver o que há para viver e amar quem há para amar. Mas será sempre aquele caminho de pedra que marcará a minha infância na casa da avó. Corríamos sem barreiras e sem pensar que aquele caminho podia deixar de ser pecorrido, um dia. Hoje, não há qualquer razão para correr naquele caminho. Apenas temos de caminhar, absorver as recordações. 
Maria Violeta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Credo, sinto-me deprimida!

Convites de amigos: vários.
Vontade de sair de casa: nenhuma.


Por estes lados, anda-se bem, anda-se.
Maria Violeta.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Done.
Maria Violeta.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

É só beleza!

Pedro Guedes.

Tal como o irmão, é pena não dizer uma palavra certa. Resumidamente, não diz uma frase de jeito! Infelizmente.

I have climbed the highest mountains, but I still haven't found what I'm looking for!

I Still Haven't Found What I'm Looking For, U2.

Daquelas músicas que nos fazem olhar para o horizonte, quando viajamos de carro. 
Daquelas músicas que nos fazem pensar que ainda temos tanto para fazer. 
Daquelas músicas que têm o poder imenso de me fazer pensar que adoro viver. 
Maria Violeta.

sábado, 31 de julho de 2010

Triste vida

Vi isto:


As seis temporadas, imensos extras (cenas nunca antes vistas, bloopers, and so on), uma réplica da ilha, um jogo de tabuleiro (visto na temporada 6), 30 horas de cenas cortadas e uma luz negra e outros objectos para descobrir vários mistérios que envolvem a caixa. Para além de todo o contéudo, a caixa é muito supimpa
Fiquei deveras interessada, aliás, ainda mais interessada, quando percebi que custava cerca de 115€. Vinha dos EUA, os portes de envio eram grátis. Sai dia 24 de Agosto, mas no Amazon possibilitam fazer reservas. Pensei "Estás à espera de quê?!". Até porque com 115€, no nosso amado país, conseguia comprar duas temporadas. E mesmo assim... Mas esta ediçaõ tem imensos extras e a caixa é A-M-O-R-O-S-A. Pensei novamente "Estás à espera de quê?!". Mas, lembrei-me de um pormenor "E legendas?". Pois, aí é que está! Só tem legendas em francês e espanhol. Claro que percebia em inglês, mas há sempre algo que me escapa. Gosto de perceber tudo. Tudinho! Por isso, fiquei triste. Fechei a página do site e resolvi partilhar a minha dor convosco. Choro cascatas. Não tou em mim de tanto sofrimento. Mas tudo bem. Vou esperar que chegue a Portugal no ano 2022 e que custe mais 100€ (pelo menos). Não é assim tão negativo, pois não?!
Maria Violeta.

We're just two lost souls swimming in a fish bowl!

Wish you were here, Pink Floyd.
Inspirador.
Maria Violeta.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

AMO-OS DE PAIXÃO!

Rua Sésamo.

Maria Violeta.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Solitáte

Saudade, Cesária Évora.

Saudade de não sentir saudade. Cada vez mais. Corrói. A saudade. 
Maria Violeta.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Afinal, não estou gorda!

Após conhecer um rapaz com uma idade compreendida entre os dezoito e os vinte anos, dos primeiros assuntos de que falamos é desporto. Aliás, o rapaz é aquele que começa a falar sobre isso. Pergunta-me se faço desporto e depois acaba por dizer que faz inúmeros desportos. Enumera-os até acabar a saliva. E eu faço aquele ar de interessada, até porque não é, de todo, assunto que me interesse. 
Quando, pela primeira vez, um rapaz que tinha acabado de conhecer, iniciou esse assunto, eu achei que ele poderia estar a dizer-me indirectamente "miúda, vai masé dar uma corridinha, porque bem precisas!". Mas, à medida que ia conhecendo rapazes da faixa etária mencionada, eu percebi que o mal não era meu. Não. Era da mente masculina! Gostam de se pavonear e mostrar que, afinal de contas, são gente com cuidados e, supostamente, com um físico desejável. Fazem-no, porque sabem que as raparigas gostam de ver um rapaz activo. 
Claro que o assunto acaba por morrer e falamos sobre outra coisa, mas não há vez que fale com um rapaz e ele não acabe por falar de desporto. E mais engraçado: todos eles praticam milhares de desportos! Ridículo, não?
Nem tudo é mau, porque percebi que não sou eu que estou com uns quilinhos a mais. Não! Os rapazes é que têm intelecto e espontaneidade a menos!

P.S.: Quero deixar claro que este post é baseado na minha minúscula experiência. Acredito que não sejam todos assim. Felizmente. 
P.S.2: As minhas experiências que deram origem a este texto não são baseadas só em meninos Morangos com Açúcar.


Maria Violeta.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nunca vi ninguém tão giro a segurar uma arma!

James "Sawyer" Ford (Josh Holloway)

Espera!

Há alguns dias atrás, eu tinha traçado uma meta tão válida como qualquer outra: arrumar todos os livros, apontamentos, cadernos, dossiers, fotocópias, pedaços de papel, folhas quadriculadas, folhas de linhas, blocos, testes, enunciados de exame e qualquer outro objecto de leitura ou escrita utilizado no ano lectivo que terminou recentemente. Estão juntos em pilhas. Pilhas altas e que fazem sombra no quarto. Pilhas que estão em cima da secretária, ao lado da secretária, em baixo da secretária. Até em baixo da cama. Até ao fundo da cama. Em todo o lado. Pilhas de material que, em tempos, me foi útil e serviu para aumentar o meu sucesso escolar. Mas, visto que, em princípio, o secundário terminou, não vejo a razão de continuar a encher o meu quarto com tanta árvore morta. Acho que devo guardar tudo. Bem enjaulado, bem fechado, mas num raio de poucos metros, não vá eu precisar disso no ano lectivo que se avizinha, mesmo estando eu noutro nível. Por isso, hoje eu ia alcançar esse meu objectivo de verão. Mas, deparei-me com uma dúvida: "E se, afinal de contas, eu não conseguir passar para o outro nível, já no próximo ano lectivo?". Então, afastei-me da pilha mais próxima de mim e sentei-me. Pensei que não deveria mexer nisso já. Porque posso arrumar, mas amanhã ter de desarrumar tudo de novo, mas aí com uma dor maior. Porque posso estar a precipitar-me, porque posso estar a dar tudo como ganho, porque posso estar a dar tudo como garantido. Não sou assim. Por isso, não arrumei. Por isso, vou esperar. Prefiro arrumar todos aqueles manuscritos e impressões com um sorriso na cara e com uma expressão de "espero nunca mais te ver" do que desarrumá-los, mais tarde, com uma lágrima a cair e com uma expressão de "aqui vamos nós, novamente". Vou esperar. Obrigo-me a esperar. 

Maria Violeta.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Hoje, sinto-me como Ricardo Reis

Gosto de ver felicidade. Não sou dada a grandes felicidades e não penso que o mundo é cheio de felicidades. Não. Sei que também há tristezas. Muitas. Sei que nem toda a gente é feliz e que existem aqueles que têm muito azar. Muito mesmo. E, por isso, sempre que, ultimamente, me sinto realmente feliz, penso que me espera um momento de menos felicidade. Porque existem subidas e descidas, e, normalmente, quando há uma grande subida, implica uma grande descida. Eu, tão nova, e já com uma visão tão destrutiva das experiências do ser humano. Pois. Acontece.
Maria Violeta.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando for grande...

...vou ter um Bolota. E uma Shangri-Las. 
Maria Violeta.

sábado, 17 de julho de 2010

Não dei por começar, mas aconteceu

O amor é mágico, Expensive Soul.

E o amor é rápido (yeeeah)
Sádico (uuuh)
Às vezes é trágico (yeeeah)
Maria Violeta.

sábado, 10 de julho de 2010

O meu estudo nas últimas quatro horas

Sentar. Abrir o livro. Olhar para os cloroplastos. Tentar continuar a olhá-los. Fechar o livro. Deitar-me.

Maria Violeta.

quinta-feira, 8 de julho de 2010



Mas isto é a forma correcta de acabar a minha série favorita de sempre?!


Maria V.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Para ti. (VI)

Tens estado presente.
Um obrigada.
Da menina que sempre te admirou,
Maria Violeta.

So pleeeeaaaase, love me do!


Love, love me do
You know I love you
I'll always be true
So please, love me do
Oh, love me do
Love me do, The Beatles.

Maria Violeta.

London, here we go!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Promessa internacional


Espero que seja este ano. Vai ser este ano. No ano passado, não foi. Ou porque ele foi embora mais cedo. Ou porque não podemos deslocar-nos a Lisboa. Ou porque não havia vontade da condutora. É crescida. E condutora. Tem o poder suficiente para decidir se vamos ou não. Infelizmente, dependíamos quase totalmente de ela. Mas acredito que será este ano.

É este ano que vou levar o F. a conhecer a noite da nossa capital. Prometo. Isto, antes de voltares para o teu país. Prometo.
Maria Violeta.

domingo, 4 de julho de 2010

Primeiro

Primeiro mergulho (delicioso) de 2010.
Primeiro sol (delicioso) de 2010.
Maria Violeta.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Salvador Dali.

Ele caça as borboletas para fazer girar o mundo. O moinho. Os moinhos. 
Elas, as borboletas, giram para fazer girar o mundo. O moinho. Os moinhos.
O mundo gira. O moinho. Os moinhos.
Maria Violeta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Grito. Eles não marcam. Grito. Dói-me a garganta. Grito. Vamos para casa. Parei de gritar.

M.V.