quarta-feira, 27 de julho de 2011

The end

Um nome improvável aparecia a piscar na barra inferior da janela do Facebook. A frase "hoje passei à porta da tua faculdade" foi o arranque. Tudo começou com essa frase, tudo continuou com uma conversa. A rapariga estava a gostar da conversa, admitiu ela. Ele continuava o mesmo, apenas mudava o tom e algumas expressões. Ele não passava de um amigo da sua irmã. Ela estava a gostar da atenção. Até que ele faz com que a rapariga prometesse que lhe pagava um café, após o fim das suas avaliações na faculdade. No fim, ele pergunta-lhe se ela quer o seu número, dizendo, após a troca, que espera, brevemente, por uma mensagem da rapariga. Ela, após abandonar a rede social e ir ter com o João Pestana, recebe uma mensagem do rapaz, onde lhe é perguntado se não ficou de enviar uma mensagem. A rapariga continuou a gostar da atenção e tudo continuou. Até há um mês. Durante esse tempo, houve cafés, cinema com o grande início, promessas, juras, a bela frase "estou apaixonado por ti", muita cumplicidade, encontros diários, muita entrega e intensidade. Até que um dia, sem a rapariga saber porquê, ele decide deixar de dar sinais de vida, nem através de pombo correio, nem através de fax. Ela deixa de o ouvir, ela deixa de o ver, ela deixa de ver o seu nome no ecrã do seu telemóvel, ela deixa de estar com ele, ela deixa de ser tratada como uma princesa, passando a mais uma da nobreza. Ainda hoje, a rapariga procura uma resposta. Ela gostava de saber o que se passou, ela gostava de saber como ele se sente e gostava de saber se sofreu um quinto do que ela sofreu. Foi rejeitada pela primeira vez e doeu. Mas aprendeu, cresceu. A rapariga agradece-lhe por isso. E agradece-lhe ainda mais por mostrar que afinal os homens são bem mais cobardes que as mulheres e que gosta muito das músicas de Dubstep que ela publica no seu mural do Facebook. A sério, ela agradece muito. Já agora, quando o rapaz a vir na rua, deixe de sorrir para ela e de lhe colocar as mãos nos olhos e perguntar quem é. Ela detesta hipocrisia. Rapaz, sê feliz, ela deseja-te tudo de bom.
Maria Violeta

terça-feira, 26 de julho de 2011

If this ain't love, then what is?

Estávamos em 2008. Ano longuínquo, quando pensamos que estamos a meio do ano 2011. Bem, regressando a 2008. Fui ao Rock in Rio Lisboa ver Ivete Sangalo e Lenny Kravitz. Sabia o que me esperava com Ivete - muito samba, calor e diversão daquela pura! Não sabia o que poderia contar com Lenny, mas gostei do resultado. Entretanto, no meio destes dois, apareceu Amy Winehouse. Alguém que eu só conhecia de "Rehab". Aquele alguém que me despertou numa manhã chuvosa de Domingo, no Vimeiro, em que eu já não queria nada com o João Pestana e desço até à sala, ligo a TV e dou de caras com uma rapariga morena, com uns traços diferentes, com uma voz marcante e com uma música que fica mesmo no ouvido. Lembro-me de estar sentada com os olhos vidrados na TV. Pensei que, apesar da letra, a melodia e o flow era aquilo que eu andava à procura há muito, muito tempo. Escrevi o nome da cantora e da música numa das folhas do jornal "Dica da Semana". Mas voltando ao RIR Lx, fiquei surpreendida com tudo o que aconteceu naquele concerto. Eu não ia preparada para a ver, não fazia parte dos meus planos. Mas fiquei presa no ar fraco, na voz que não se parecia DE TODO com aquela que me tinha posto vidrada na TV naquela manhã de Domingo de há uns meses atrás. Não conhecia o seu historial, não conhecia a sua vida, não conhecia os seus dramas. Por isso, fiquei ainda mais surpreendida quando a vi a actuar de forma tão diferente daquele que eu tinha ideia. No dia seguinte, como a sua prestação foi, mais uma vez, desastrosa, vários eram os vídeos de Amy no concerto da noite seguinte em Lisboa. A partir daí, comecei a ouvir outros temas, outras melodias, ver outras notas a sair da boca daquela que, umas semanas mais tarde, se tornou a artista que mais me preencheu desde sempre. O género, a melodia, a atmosfera, os ritmos e a energia daquelas músicas que misturam Jazz, Soul, Blues, R&B e ainda Motown, ficaram gravadas e despertaram o meu sentido musical. A partir dessa manhã, percebi que tinha encontrado a artista que me dava tudo aquilo que eu estava a precisar. E, apesar de não saber o que é viver o que ela representava nas letras, eu conseguia ser transportada para a dimensão sofredora e vivida dela. Era instântaneo, cru e indolor. Sabia melhor do que qualquer outra coisa. Eu sentia-me preenchida. Ainda hoje, sinto. Digo, sem quaisquer medos e tendo a noção que não sei o que o futuro me reserva, que ela é e sempre será a cantora que, em termos musicais, dá tudo aquilo que eu preciso para ser feliz. Digo, sem quaisquer medos e tendo a noção que não sei o que o futuro me reserva, que ela consegue fazer-me sentir preenchida e noutra dimensão que eu pensei nunca chegar, e que nunca tinha chegado com outro artista. Ela morreu. Mas, felizmente, ao ouvi-la todos os dias no meu iPod, não penso nela enquanto um corpo morto e esqueço-me que ela morreu fisicamente. Não me lembro. Apenas desfruto e deixo-me acompanhar da sua voz, chegando então à dimensão que tanto me acolhe. Obrigada, a ti, enquanto profissional. Parabéns, a ti, enquanto mulher que lutou, mas que, como tantas outras mulheres, não venceu. Se isto não é amor, então o que é?
Maria Violeta

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Remind me

Maria Violeta

Tão feliz e (quase) sem saber porquê!

Hoje estou especialmente feliz. Não sei porquê. Apetece-me dançar na rua, gritar à janela e rir às gargalhadas. Se bem me conheço, logo à noite estarei no modo depressivo. Chama-se pseudo-bipolaridade. Nada a fazer.
Maria Violeta

terça-feira, 19 de julho de 2011

Um dia, voltarei a escrever cartas de amor...

A todos, o meu maior pedido de desculpas por não ter escrito cartas lindas e inspiradoras. A minha inspiração foi sugada e, neste momento, não consigo escrever linhas bonitas. Aliás, eu ando à procura dessa inspiração. Mas não para escrever cartas; para voltar a sentir-me completa. 
Maria Violeta

Preciso do "Basta!"

Arrependi-me de ter apagado mensagens e ter deitado fora objectos. Pensei "olhos que não vêem, coração que não sente", mas, neste caso, isso não se aplica. Queria tanto ter guardado algumas recordações. Queria ter guardado algumas das palavras que me faziam sentir uma princesa. Mas, neste momento, prefiro guardar o final. E guardar, principalmente, a mágoa causada por esse final. Porque essa mágoa tem de persistir até eu sentir que é o momento do "Basta!". Até esse momento, quero guardar toda a mágoa que conseguir, fazendo com que esse momento chegue mais rápido e que seja saboreado com maior intensidade. 
Maria Violeta

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Para sempre, tua

Tenho saudades da tua voz rouca e das tuas mãos ásperas ao toque. E dos doces que eram ainda mais doces ao serem oferecidos por ti. Nunca nos abandones.
Maria V.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tempo e espaço

Tenho saudades de escrever cartas inspiradoras. E que me tornassem orgulhosa de mim. Como não tenho tido essa capacidade, volto quando estiver mais sã. Até mais.
Maria Violeta

True story

Maria Violeta

domingo, 10 de julho de 2011

Vai

Saudades tuas. Muitas. Mil. Que agonizam-me. Que consomem-me. Mais do que alguma vez pude imaginar. Porque tiveste esse efeito. E ainda tens. Infelizmente. Continua a fugir. Força. Preciso que continues a fugir para eu continuar a esquecer. A esquecer o teu cheiro. A esquecer o teu sabor. Vai. Não demores muito a ir. Estou farta de enganar o mundo. Estou farta de dar a entender que está tudo bem. Estou farta de esboçar um sorriso quando só me apetece gritar a plenos pulmões. Com os dois pulmões. Pulmões esses que já não te pertencem. Acabou.
Maria Violeta

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tenho saudades dos momentos em que as Frases Nicola faziam sentido. Saudades das asinhas das borboletas fazerem cócegas no meu estômago. E tenho ainda mais saudades de me sentir completa. Obrigada.
Maria Violeta

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Detesto-vos, músicas-parvas-que-me-fazem-pensar!

Tenho saudades de ouvir as músicas das bandas Pop e não me identificar com o tema. Daquelas músicas que só falam em amores e desamores, em como ela foi abandonada ou como foi conquistada. Eu gostava dos tempos em que eu achava que ninguém sentia algo a ouvir aquilo. Mas agora...
Maria Violeta