A segurança constrói-se, sem dúvida. Mas há aquelas pessoas que são naturalmente seguras de si e dos seus comportamentos. Sabem que, independentemente do que aconteça de exterior a elas, nada as abala, nada fará cair a segurança tão sólida que existe à sua volta. Estou de acordo com tudo isto e digo mais: depois de uma análise, pude constatar que sou bastante segura de mim. Sempre me foi dito que me achavam muito segura, sem medos de mim. Sempre duvidei, até conhecer certas pessoas. Pessoas essas que necessitam de dizer e demonstrar que são seguras, mas, no entanto, não passa de uma máscara, de comportamentos que ajudam a criar alguém segura de si, sem medos da sua pessoa, mas que, na verdade, não o são. Falo de pessoas que necessitam constantemente de aprovação ou de um comentário sobre si, esperando sempre que os outros digam "nada disso, és linda!" e a pessoa continua a contrariar. Essa pessoa não é, de todo, segura. Ou então, pessoas que não sabem agir por si, necessitam sempre que o outro faça por si, não conseguem arriscar ou ganhar coragem. Não gosto disso, é insegurança pura. Gosto de pessoas que andem de nariz empinado, mesmo não sendo arrogantes. Gosto de pessoas que andem com confiança, mesmo no meio de um monte de pessoas. Gosto de pessoas que ouçam bocas, mas mesmo assim continuem a andar. Gosto de pessoas que vistam uma saia, mesmo quando todos os outros lhe digam que fica melhor de calções. Gosto de pessoas que transbordem segurança, sem medos de sorrir, mesmo quando têm os dentes pejados de ferros e aço. Gosto de pessoas que se mantêm sempre seguras, mesmo quando estão na fronteira entre a segurança e a insegurança. Gosto de ser segura e de conseguir fazer tudo isto. Hoje, acordei convencida e bastante segura de mim. Amanhã, logo se vê.
Maria Vi