Querida amiga,
Não tenho escrito para ti, é um facto. Mas também é um facto o facto - desculpa a repetição - de não querer escrever para ti. Desapareceste, por isso, acabou. Chega de tinta, chega de árvores cortadas para fazer as folhas das cartas que te envio. Chega de horas a fio sem saber o que escrever. Chega de momentos de angústia, de medo, não sabendo onde estavas e se te encontravas feliz. Acabou. Foi difícil, mas acabou. Estou pronta a seguir em frente e encarar novas caras. Deixaste-me, sozinha, nestes montes, ouvindo o meu eco. O único eco. Este eco que tem saudades de se encontrar com o teu eco. Mas não voltes. Já não sinto falta. Fica por aí. É a última carta que te escrevo. A ti. Porque continuarei a escrever a todos os outros que querem ler as minhas cartas. Adeus e... sê feliz.
Maria Violeta.
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