Corre para o comboio. Ele, não ela. Ela apenas assiste à partida. Impávida e serena. Até demais. Ele corre. Continua a correr. Ela, de longe, mas com o coração por perto, lança um grito abafado. É tarde. Ele já entrou. O comboio oscilou e lançou ruídos. É tarde. Ele vai, ela fica. É tarde para arrependimentos e beijos de última hora. É tarde para remediar. Já está tudo como deveria estar, porque: havendo arrependimentos, havendo beijos, ele iria na mesma; aconteceu, o que viria, mais cedo ou mais tarde, a acontecer. Ninguém consegue controlar o destino. É tarde. É tarde.
She has no time, Keane.
Maria Violeta.
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